Histórias para a família

Na segunda proposta de escrita semanal (8ºAano), pedia-se que os alunos contassem uma história que pudesse ser dita/lida, durante uma reunião familiar. Houve quem contasse histórias e quem recriasse o momento das histórias.
Ouçamos (Textos de alunos dos 8º A e 8º B):


Era uma noite quente de verão, na qual eu e a minha família estávamos a fazer diversas atividades, como ler poesias, cantar e contar histórias. Já todos os meus familiares tinham contado a sua história, menos eu. Foi então que comecei a contar a seguinte história: “Há uns anos atrás, cinco jovens fizeram uma descoberta extremamente importante, mas, ao mesmo tempo, estranha.
Num dia de primavera, a Marta e a Carolina, foram passear pelo campo perto das suas casas. Ao fim de algum tempo, elas decidiram telefonar à Margarida, ao Tiago e ao Francisco, para saberem se eles queriam ir ter com elas. Como a resposta foi afirmativa, a Carolina e a Marta decidiram sentar-se na sombra de uma árvore e descansar um pouco. A Carolina ao virar-se para ver se os seus amigos já estavam ali, viu uma casa, muito pequena e abandonada e disse á Marta:
- Olha, Marta! Vês aquela casa ali, aquela pequenina. Já alguma vez foste lá ver o que era ou se estava abandonada?
- Não, nunca fui lá e, além disso, não quero ir, tenho medo. – disse a Marta, receosa.
- Por favor, Marta! Não me digas que não tens nem uma pontinha de curiosidade de ir lá. Eu cá tenho. Não queres ir até lá?
- Não me parece. Prefiro ficar aqui à espera dos nossos amigos. Mas se quiseres ir até àquela casa, podes ir, eu fico aqui.
- Vá lá, Marta! Vem comigo, por favor!
- Está bem, ganhaste! Eu vou contigo, ainda que, vá contrariada.
De seguida, as duas raparigas foram á casa, e entraram nela. Ficaram chocadas com o que viram. Era uma coleção de antigos artefactos egípcios. Depois, foram para a rua, chamar os seus amigos que já estavam ali. Todos juntos telefonaram para a polícia, a dizer o que tinham descoberto. Por conseguinte, receberam uma recompensa maravilhosa, ou seja, receberam uma quantidade do valor das peças que encontraram.”

Madalena Castro


A Grande Reunião 
            Numa reunião familiar, coube-me a função de animar o pessoal e de tornar aquela noite inesquecível.
            Decidi contar uma linda história, que deixasse todos com o coração mais doce.
            Com efeito, contei a história de um homem chamado André que, em tempos, vivera com os seus pais, numa ilha deserta, no meio do oceano atlântico. Os pais desse homem eram portugueses e tinham ido ali parar porque o navio onde iam naufragara. André nascera na ilha e fora lá que, ao longo dos anos, os seus pais tinham envelhecendo e acabado por morrer.
            Portanto, o André sentia-se muito sozinho, pois na sua vida apenas conhecera os seus pais e os seus amigos macacos. No entanto, ele amava a sua ilha.
            Num certo dia, estava sentado numa pedra, à sombra de uma palmeira, com as folhas bem verdinhas e começou a falar com um macaco:
            - Será que existe algum sítio depois deste mar? Eu não sei, mas irei descobrir!
            Então, esse senhor decidiu construir uma jangada e viajar até encontrar alguém como ele.
            Passaram muitos dias e ele acabou por chegar a uma terra que desconhecia: Portugal. Depois de longas horas de exploração, o André ficou muito contente por estar ali.
            Mais tarde, tornou-se um cidadão português, teve filhos e, quando pôde, voltou à sua ilha.
            Terminei a minha história, bateram palmas e o meu avô disse:
            - Devemos sempre lutar pelo que queremos…
            Concluindo, foi uma noite especial e penso que todos perceberam que devemos sempre ver o lado positivo.
Margarida Pinheiro


A Praia Mágica
Há anos atrás, uma menina de treze anos, que vivia à frente da praia, foi passear durante a noite. A noite estava estrelada e ela foi para o seu local preferido: a praia. Estava ela a caminhar pela areia molhada e fria do outono quando, de repente, ouviu uma voz muito doce e suave.
-Olá.
-Quem és?! – perguntou a menina arrepiada.
-Eu sou uma sereia. O rei Félix quer agradecer-te por todo o bem que fizeste ao nosso mar – respondeu a sereia.
Sem grandes palavras ou gestos, a criatura encantada espalhou um pó por cima da garota. Ela nem se mexeu de tão assustada que estava mas, por outro lado, estava curiosa.
-Segue-me! – ordenou a sereia entrando pelo mar dentro.
A menina obedeceu e espantou-se pelo facto de conseguir respirar na água! O pó dava-lhe essa capacidade maravilhosa.
Passado algum tempo, chegaram aos recifes de coral e a sereia foi apresentando à menina o seu mundo e alguns amigos. Finalmente, chegara a um magnífico palácio de cristal coberto de algas coloridas e cheio de brilho e de lux. Quando  entraram no palácio foram muito bem recebidas.
-Bem-vinda ao nosso reino, criatura terrestre! Estamos-te eternamente gratos pelas tuas boas ações: por retirares o lixo do mar, por trazeres caixotes para as pessoas colocarem o seu lixo e reciclagem… Como agradecimento, damos-te a capacidade de respirares debaixo de água e podes visitar-nos quando quiseres! – informou o rei Félix.
A rapariga ficou muito feliz e, aliás, já nem se sentia com medo! Ainda hoje ela visita este reino aquático e os seus novos amigos.
Inês Cordeiro


Uma Noite Para Não Esquecer
Sorrio sempre que me lembro deste episódio… Sempre que me lembro da lua cheia que estava naquela noite, da aragem quente que corria, das muitas caras sorridentes e felizes, sentadas em círculo na areia à beira-mar…
Nessa noite, eu e todos os meus primos mais novos fizemos o musical “Música no Coração” e correu muitíssimo bem. Enganámo-nos dezenas de vezes, mas toda a família cantou! E enquanto cantávamos parecia que o mar nos acompanhava, enquanto as ondas rebentavam…
Sinceramente, a minha parte preferida foi aquela em que começámos a citar poemas de Sophia de Mello Breyner, que muitos de nós já sabiam de cor e salteado.
De seguida, conversámos… Falámos de dezenas de coisas, falámos do dia-a-dia, das viagens, da praia, das férias…
- Tendo em conta que não estamos juntos muitas vezes, propunha que realizássemos uma viagem! – Naturalmente que esta ideia foi, de imediato, aprovada.
- Acho uma excelente ideia!
Nós, mais novos, ficámos mesmo muito entusiasmados!
- Na minha opinião, Londres seria um destino muito interessante.
- Eu gostava de ir a Berna.
Continuámos a discutir qual das cidades visitar. Desta forma, ficou decidido que iríamos a Londres nas férias de Verão e a Barcelona no Natal.
Para concluir a nossa “reunião” cantámos músicas portuguesas e inglesas, hinos, canções da rádio… E é com muito orgulho que digo que ensinei o meu primo mais novo a cantar o hino português!
Será sem dúvida, uma experiência a repetir!
Leonor Ferreira



Era uma vez uma bruxa chamada Josefa, que vivia num castelo muito feio com o seu gato Zorbas.
O gato era preto com olhos verdes e tinha o nariz sarapintado de branco.
Certo dia, a bruxa estava a fazer uma poção mágica e, de repente, o gato caiu lá dentro.
A bruxa ficou muito atrapalhada e apressou-se a tirar o gato dali, mas qual não foi o seu espanto quando reparou que o gato saiu todo às cores e muito mal disposto.
A bruxa apressou-se logo a levar o gato ao veterinário.
O médico deu-lhe a sua opinião:
-Minha senhora, o seu gato só tem que tomar um xarope, mas de resto está tudo bem.
-Muito obrigada pela sua disponibilidade – disse a bruxa.
A Josefa voltou para casa um pouco mais animada e aliviada pelo seu gato não estar doente.
Agora tinha entre mãos, a difícil missão de convencer o seu gato a tomar o xarope.
Não foi nada fácil, pois o Zorbas não gostava nada de tomar xaropes.
-Zorbas, tens que tomar o xarope para ficares melhor e, além disso, a tia Gertrudes não vai gostar nada de te ver assim e vai te dar daqueles biscoitos com sabor a mentol – tentou a Josefa.
Logo que ouviu isto, o Zorbas abriu a boca e engoliu o xarope sem mais demoras.
Assim, o gato voltou à sua cor original e nunca mais se sentiu mal!
Maria Inês Oliveira




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