Uma pessoa fora do comum

Na terceira proposta de escrito formal do 9ºB, pediu-se que os alunos traçassem o perfil de uma pessoa que conhecessem fora do comum. Deviam ainda relatar como a conheceram e que nela mais lhe impressionavam ou por que razão a tinham passado a admirar. 
Publicamos alguns dos trabalhos:

Impossível te esquecer
Como falar de algo quando não temos palavras suficientes para dizer o quanto admiramos “aquela” pessoa?!
Imensa gente passa na nossa vida para aprendermos algo, mas, na verdade, existem sempre aquelas que nos acompanharam desde o primeiro dia em que nascemos e que fazem parte da nossa família. A pessoa a que me estou a referir é a minha avó.
Como a conheci? É evidente que não posso contar algo de que não me lembro, mas sei que foi quando vim ao mundo, na maternidade de Torres Vedras, à noite, e ela estava lá e conheceu-me desde aí. E é nestes momentos que se sabe com quem podemos contar. Ela estava lá, sempre esteve, e ainda está presente na minha vida. 
Vejo-a como uma segunda mãe para mim, pois ela cuida de mim, respeita o meu silêncio, sabe quando pode brincar comigo. A minha avó conhece-me mais a mim do que eu própria. Admiro-a tanto, mas tanto, pela forma como ela aproveita a vida que nunca teve, devido aos tempos difíceis que ultrapassou em parte da sua vida…
Uma mulher com toda a garra e força deste mundo para ultrapassar os problemas e ajudar quando é preciso, além disso, uma mulher que trata a sua neta como uma filha, sendo assim um exemplo de experiência, de trabalho, honestidade, paciência, firmeza e amor. Um pilar na minha vida!
Ana Carolina Ferreira (9ºB)

Por onde começar, se há pessoa que eu admiro é a minha tia materna. Está sempre bem disposta, por mais problemas que tenha, por mais obstáculos que lhe apareçam no caminho ela está sempre com um sorriso na cara. Na minha opinião, é isso que a afasta dos padrões comuns, pois ela nunca se deixa abater por nada, simplesmente não desiste e consegue pôr sempre toda gente alegre mesmo quando por dentro está mal, e, a meu ver, uma pessoa comum não é a sim. 
Uma pessoa comum quando está mal isola-se, mas a minha tia não… Ela marca sempre a diferença, mesmo nos dias em que não a vejo e apenas falamos uns minutos ao telemóvel, põe-me um sorriso na cara e faz-me dar umas boas gargalhadas. Conheço-a, basicamente, desde que nasci! Passei muitos dos meus dias com ela, pois os meus pais iam trabalhar e quem ficava comigo era ela. Lembro-me sempre de ela ter o “bichinho” de passear, sair, respirar outros ares, aproveitar a vida e correr riscos, acho, sinceramente, que me passou essa característica (fico bastante feliz por isso!). É uma das pessoas mais especiais da minha vida, e nem é preciso dizer que nunca a vou esquecer!
Carolina Bonifácio (9ºB)

Pois é! Foi há quase 5 anos que a conheci, alta e muito magra… quando ia para a escola vestia-se sempre de forma um pouco extravagante, tanto de inverno, como de verão, a chover ou a fazer sol…
Calças de ganga justas de cor verde e camisola de lã bege, umas botas de couro preto até aos joelhos e um casaco também de lã, mas de cor vermelho sangue. Parecia um autêntico arco-íris em pessoa. Era uma rapariga bastante extrovertida, com uma claustrofobia bastante problemática para ela, pois bastava entrar na pequena casinha de arrumação dos materiais de educação física, para entrar em pânico.
Conseguia sempre ter excelentes notas, mas, às vezes, fazia-nos duvidar até que ponto era assim tão inteligente… dávamos com ela a rir-se sozinha nos corredores, na cantina a falar com o ar. Ainda hoje me pergunto: “Será que ela tinha algum problema mental?”, mas nunca soube se tinha ou não.
Essa rapariga chama-se Sophia, nasceu na Inglaterra, quando tinha 3 anos foi para a Suíça, e aos 7 anos, finalmente, fixou-se em Portugal. Aprendeu a falar fluentemente Inglês, Francês, e Português, tornou-se poliglota quando aprendeu Japonês, Russo e Grego. Dominou as Matemáticas em 2 anos. E as ciências também. Consagrou-se campeã de artes marciais aos seus 16 anos. Foi apesar de tudo um autêntico génio. Jamais me esquecerei dela, pois foi uma grande colega e amiga.
 David Silvério (9ºB)

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