No passado dia 7 de janeiro, pelas 14:30, na biblioteca da Escola Dr. João das Regras, realizou-se uma pequena cerimónia de entrega do prémio respeitante ao 1º lugar (trabalho individual), no concurso "Conto de Natal", promovido pela equipa da Biblioteca do Agrupamento e dinamizado pelos professores de português do 3º Ciclo.
A Cíntia Guerra do 8ºB ganhou o 1º Prémio da Escola Dr. João das Regras. Acompanharam-na neste momento tão importante os colegas de turma, a professora de português, professora Rosalina Simão Nunes, a diretora de turma, professora Ana Paula Bastos e a mãe, Edite Rodriguez. Estiveram ainda presentes colegas de outras turmas.
O evento foi apresentado pela professora bibliotecária, professora Alexandra Bernardo, que enalteceu o trabalho da aluna pelo facto de destacar o verdadeiro espírito do Natal.
Antes da entrega do prémio, o livro O Velho que lia romances de Amor de Luis Sepúlveda, o texto vencedor foi lido pela aluna. Transcreve-se, de seguida, o texto que também pode ser lido aqui, tal como os restantes textos vencedores:
O
Natal mais especial
Catarina era uma menina de dez anos que, como tantas outras crianças, vivia o Natal intensamente. Para ela, o Natal significava toda a magia e união na família.
Catarina era uma menina de dez anos que, como tantas outras crianças, vivia o Natal intensamente. Para ela, o Natal significava toda a magia e união na família.
Todos os anos, ainda em Novembro, ela
começava a imaginar como decorar cada canto da casa. Apesar de tudo, quanto já
tinha guardado do ano anterior, havia sempre novos pedidos para fazer: mais
fitas coloridas, mais luzes (de diferentes cores e formas) mais velas de
intensos e deliciosos aromas… Enfim, tudo aquilo que daria um ambiente
maravilhoso ao seu lar.
Para além da decoração, ela
preocupava-se também em definir tarefas. Contactava os seus familiares e ficava
a par do que cada um poderia trazer. Por vezes, era ela que lançava ideias… Não
poderia faltar nada. Até se preocupava com as músicas de Natal que iriam ouvir!
Quando olhava para os adultos à sua
volta, reparava que eles não viviam com o mesmo espírito e alegria aquela festa
tão especial e importante. Nesses momentos, pensava baixinho que o menino Jesus
não deveria estar muito satisfeito com aquela reação. As pessoas crescidas
estavam mais preocupadas com os gastos das prendas do que propriamente em
festejar.
Certo dia, já próximo do Natal, a Catarina
sentiu, pela primeira vez, um sentimento estranho enquanto montava o presépio.
O Menino Jesus olhava fixamente para ela como se lhe estivesse a pedir alguma
coisa. Estaria ele com frio? Pois… Na realidade, estava ne e em Dezembro as
temperaturas eram baixas. Continuou a observá-lo, tentando perceber aquele
olhar que lhe atingiu o coração.
A certa altura, ouviu o toque da
campainha.
Levantou-se, ainda pensativa, e
dirigiu-se até à porta de entrada. Ficou sem palavras, quando observou um
menino descalço e mal agasalhado. Tinha um ar triste e vinha de mão dada com
uma senhora que mais tarde veio a saber que era a sua mãe. Pediram-lhe pão,
pois tinham fome.
Catarina foi, de imediato, chamar a
mãe que logo contribuiu com alguns alimentos essenciais.
Quando fecharam a porta, a mãe
explicou à Catarina que uma pessoa sozinha não pode mudar o mundo, mas se todos
contribuíssem só um pouco o mundo poderia sorrir.
Catarina ficou a pensar nas palavras
da mãe e o olhar de Menino Jesus voltou à sua memória. Aquele Natal não poderia
ser igual aos outros! Teria de fazer algo de diferente…
Dos pensamentos passou à ação. Falou
com os seus familiares e todos concordaram em organizar uma festa onde todos
aqueles que, na sua pequena vila não conheciam a verdadeira magia do Natal,
pudessem, finalmente, vivê-la.
E assim foi… Naquele Natal, uma grande
família nasceu! A partilha, a alegria, a união, o amor a solidariedade ganharam
um novo significado na vida de Catarina.
Esse Natal foi, sem dúvida, o Natal
mais especial de todos.
A finalizar esta breve nota, umas palavras de apreço da professora de português, professora Rosalina Simão Nunes:
Cíntia, foi com muito orgulho e satisfação que estive presente nesse momento especial e espero que tenha sido apenas um entre muitos semelhantes a viver no futuro! Muitos Parabéns!
NOTA FINAL: Em breve será publicado o texto lido pela aluna.
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